segunda-feira, 10 de agosto de 2009

mais que o ar

moça, não fuja porque sou triste
nem porque às vezes o mundo pesa
e os ombros mal conseguem suportar

desaprendi um tanto da vida, moça
esqueci os caminhos
esqueci o que não se deve esquecer

fuja porque me pinta assim, dessa forma
tão estreita
de olhos fechados
imaginando que sou outro

no meio da noite, fuja
mas pela porta da frente
a que você abriu e esqueceu de fechar

mas antes, moça, me olhe cá dentro
que vazio inteiro é grande
e pesa bem mais que o ar

11 comentários:

Ana Paula Borges Pereira disse...

"esqueci o que não se deve esquecer"
Muito bonito tudo isso viu Paulo?
Como sempre...^^

Maria disse...

Se eu fosse a moça, eu fugiria...mas era pra dentro, lá no fundo...

^^

Kéty disse...

Ah essa moça...
Preencher o vazio é tão legal...

Anônimo disse...

'e pesa bem mais que o ar'
sei dos vazios de dentro..
das faltas que sobram.

lindo lindo .

Jaya Magalhães disse...

Paulo,

Os primeiros versos, puro Drummond. Os outros, uma coisinha que dói. Porém, olhando, creio que ela fica. Não fica?

Um beijo.

Luciana Brito disse...

"Os ombros suportam o mundo"... Como disse a Jayam, Drummond, perfeito!

Deu um aperto lendo os outros versos. Um 'quê' de não-sei-o-que-fazer-mas-fico-aqui-enquanto-tu-vai... Ela vai mesmo?

Beijos, moço do por-do-sol quiamo!!!

Rayanne disse...

O vazia é sempre tão cheio de inteiros que nem sempre a gente pode contar...**Estrelas**

Cris Guimarães disse...

Linda!

(suspiro...sem palavras...)

O Beijo!

joel disse...

Olá,gotei da poesia,parabéns!

Flávio Costa disse...

Baum demais VelhO .. parabéns ai !! Gosteei de Vê

Coração Alado disse...

tão sincero...
achei lindo.
:)