segunda-feira, 21 de maio de 2007

sobre o criar

é no instante de um segundo
que a sombra pálida do ser
encontra a confusão
e se torna essência,
objeto único e ponto principal.

linhas e traços se entrecruzam,
encontram-se do início ao fim.
laços se cortam
para no momento seguinte envolver-se.
manchas se contorcem,
transformam-se em morada:
de cores, sons, movimento, sonhos.

lápis na mão e a possibilidade
de uma diferente criação.
cria-se a luz.
abre-se a cortina.
estende-se a mão.
mostra-se a vida.
transitória vida,
que no intercurso do vir-a-ser
encontra seu eterno viver.

5 comentários:

Lua Durand disse...

laços que se cortam e se envolvem.

sentimentos confusos e intensos.
dos quais se é agravel sentir.

"abre-se a cortina.
estende-se a mão
mostra-se a vida
transitoria vida
que no intercurso do vir a ser
encontra seu eterno viver"

isso me remete a um teatro, mas não é um qualquer, é um teatro a céu aberto, o teatro em que nós, eu, você e o mundo, somos os atores principais.

Bonitas e sabias suas palavras.

ps: te adicionei como meus parceiros.

pps: andou me vendo em outros ares?

=)

me adiciona no orkut, se der, se quiser.

Beijo nas Crianças.
Beijo pra você.

Lua Durand disse...

agradavel*

Jeniffer Santos disse...

to amando seus poemas x)
e esse layout kem fez?
bjos

diovvani mendonça disse...

Admiro quem possui a consciência da transitoriedade. O invisível contido nas entrelinhas de seu poema, é o que procuro sintonizar para escrever meus rabiscos.
Costumo dizer que sou um ciscador de miudezas e como você também gosto de Manoel de Barros. AbraçoDasMontanhas.

Edilson Pantoja disse...

No intercurso do vir-a-ser a eternidade se oculta, sem contradição, correto?
Gostei de conhecer!
Abraço!